domingo, 16 de outubro de 2011

O Senhor faz novas todas as coisas... Apocalipse 21:5







O Senhor faz novas todas as coisas... Apocalipse 21:5
Há pouco menos de dois anos atrás refletíamos na nossa classe de casais na Escola Bíblica Dominical sobre a “Visão de Deus” para a Igreja Metodista Central, haja vista, naquela época o assunto sugerido pelo Ministério de Ensino para Estudo e discussão ser o planejamento estratégico da nossa comunidade de fé.
Acho oportuno após este tempo voltarmos um pouco nosso olhar para vermos os marcos anteriormente traçados como diz o profeta Jeremias em “Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança.” (Lamentações 3:21) e “Ergue marcos, finca postes que te guiem, presta atenção na vereda, no caminho por onde passaste” Jeremias 31:21 e verificarmos os avanços, discernirmos possíveis falhas e endireitarmos nossos caminhos. Além do mais, inúmeros recém-chegados a nossa comunidade de fé poderão conhecer a trajetória da igreja e também ser abençoados pelas reflexões.
Começamos nossos estudos refletindo sobre quatro questões extraídas dos textos bíblicos de Isaías 6:1-8 e Apocalipse 21:5. Resumindo: No primeiro texto temos a experiência de transformação e comissão do profeta que tem uma visão em três dimensões: Primeiro: Seus olhos vêem a dimensão da grandiosidade de Deus e sua soberania, pois o mesmo habita num alto e sublime trono e Ele é santo; Segundo: a dimensão da responsabilidade individual do pecado de cada um quando o profeta olha para si mesmo e se vê como pecador perdido. Terceiro: a dimensão do pecado coletivo, pois o mesmo se viu inserido no meio de um povo pecaminoso de impuros lábios. Porém, a experiência do profeta não se restringiu a abertura do seu entendimento e visão espiritual. Houve uma ação incisiva de Deus na sua vida, uma transformação: Um dos Serafins que estava diante do Senhor tocou-lhe com uma brasa viva retirada do altar e lhe purificou e naquele momento em diante o profeta como novo homem podia ouvir a voz de Deus lhe convocando para o exercício do ministério profético.
Assim como aconteceu na vida do profeta Isaias para a vida da Igreja enquanto indivíduos e como coletividade o Corpo de Cristo que somos temos a promessa do Senhor diz que “faz novas todas as coisas”. Entendemos que a manifestação da graça de Deus é transformadora, salvadora e nos impulsiona a sairmos de dentro das quatro paredes do templo físico e nos movermos em direção aos pecadores. Todos nós somos “pedras vivas” edificados sobre o firme fundamento de Cristo Jesus nosso Salvador - a Pedra Angular, e a doutrina dos apóstolos chamados como despenseiros da multiforme graça de Deus.
Esclarecemos aos irmãos que todos os itens aqui relatados foram relacionados e registrados durante as ministrações na Escola Bíblica na classe de casais. As observações foram surgindo durante as discussões e simplesmente as relatamos aqui como foram sugeridas pelos irmãos. Portanto não fazemos nenhum tipo de arranjos ou maquiagens. As sugestões são simples não obstante profundas. Por razões de espaço as relatamos apenas como tópicos, porém, as intervenções foram incisivas e bastante oportunas diante da realidade local.
Da sementeira bíblica extraímos quatro questões para análise e reflexão:
1ª – “Senhor, que visão tens para a nossa Igreja”?
Assim como o Senhor nosso soberano Deus fez na época de Isaías entendemos que Ele tem para sua Igreja hoje uma visão de transformação. A palavra transformação denota “se transforma pela ação”. Implica movimento. Longe qualquer tipo de estagnação. Fazer novas todas as coisas envolve:
- investimento
- transformação
-não pode ser maquiagem
-requer unidade
-requer preparação e estudo
-tem que começar pelo individuo – em mim
-tem que envolver todos – somos um corpo
- envolve a renovação nas famílias
- requer solidariedade
- necessita de projeto e de ferramentas adequadas
(pessoas disponíveis e preparadas para atuar)
2ª – “ Senhor, o que há na nossa igreja que entristece o teu coração?”
.Temos que olhar para palavra de Deus como um espelho, e vermos que muitas vezes somos ávidos vigilantes de nossas tradições porem nos esquecemos do mandamento maior que é o amor – o vínculo da perfeição. Na percepção dos irmãos presentes há muitas coisas no seio da igreja que entristece o coração de Deus e como devemos confessá-los devemos dar nomes aos nossos pecados que são:
-falta de humildade
-omissão no serviço
-omissão no posicionamento (coxear entre dois pensamentos)
-falta trato com os necessitados
-relacionamento com discriminação
-injustiças
-falta conhecimento da Palavra de Deus
-falta amor
-corações endurecidos
-falta arrependimento
-faltam contrição e confissão de pecados
-falta fidelidade a Deus e aos princípios
-falta envolvimento – disponibilidade para a obra
-itinerancia ( descontinuidade )
-relacionamentos quebrados
-falta evangelização
-falta integração (departamentalização das idades)
-contendas (fofocas)
-religiosidade versus vida prática
-ressentimentos
-falta de reverencia
3ª – “ Senhor, que serviços devemos desempenhar para que a tua visão para nossa igreja se torne realidade?”
Que posicionamentos devemos tomar? Que atitudes devemos ter frente aos desafios de proclamarmos nossa fé diante do mundo contemporâneo? Precisamos focalizar ou priorizar:
- a santificação
- buscar sabedoria do alto
-evangelização e missão
-a unidade
-sensibilidade á direção do Espírito Santo
-exercer misericórdia – solidariedade (ficar atento a “se alegrar com quem se alegra e chorar com os que choram)”.
- cooperação – se dispor. Fazer a pergunta – em que posso ser útil?
-investir no relacionamento familiar
-dispor-se para o serviço com submissão à liderança
-discipulado
- disciplina (projeto e organização e execução)
-paixão pelas almas
- discernimento
-reconhecer a identidade cristã
-ser interdependente – alimentar o corpo como um todo (orar uns pelos outros)
-superar as deficiências em amor
- reconhecer que Cristo é o “Cabeça”
-não dividirmos o corpo de Cristo
4ª – Senhor, se desempenharmos bem nossos serviços que evidências veremos?”
Assim como a igreja no primeiro século poderemos ver grandes evidencias da presença do Senhor no nosso meio. Não devemos esquecer de que fomos chamados para produzir frutos e muitos frutos com abundancia. Se formos fieis veremos a graça de Deus atuando no seio da igreja e veremos:
- teremos clareza da natureza da missão – pregar o evangelho
-agiremos afirmativamente – Iremos
-experimentaremos a graça de Deus – o dom do Espírito Santo
- veremos o acréscimo de vidas agregadas à Igreja
- veremos relacionamentos estabelecidos e estruturados – Comunhão
-veremos milagres e prodígios
- exercitaremos a misericórdia – não haverá necessitados
Amados irmãos Jesus disse “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém mais pode trabalhar” (João 9:4) Portanto despertemos-nos enquanto podemos fazer algo pelo nosso Brasil, pelos nossos filhos, pelas nossas famílias. Cada dia vemos indícios do secularismo dominando as decisões políticas em todas as esperas de governo. Às vezes nos enganamos pensando que tais decisões não nos afetarão porque somos um país livre e com liberdade religiosa. No entanto, como vivemos no mundo globalizado muitas decisões são importadas influenciadas por interesses escusos. Não nos enganemos. Tantos países outrora chamados cristãos, hoje não se pode mais pregar em praça pública, os templos são fechados por falta de membros, há uma educação ateísta ao mesmo tempo em que a sociedade vislumbra um esoterismo oriental. Muitas igrejas já perderam sua oportunidade. Hoje não são nada além de religiões mortas. O Senhor diz: “Eis que faço novas todas as coisas”. Aproveitemos à oportunidade que o Senhor nos dá como Igreja em Belo Horizonte. Peçamos perdão pelos nossos pecados e voltemos para Ele com coração humilde. Cremos que Ele nos dará graça sobre graça no cumprimento da missão. Que Deus nos abençoe e nos ajude.
Pr. Eduardo P. Gomes

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