sábado, 15 de outubro de 2011

Os sete montes de sustentação da sociedade humana


Os sete montes de sustentação da sociedade humana

MONTE DA RELIGIÃO

Desde que satanás se serviu da serpente para aliciar Eva a pecar, Deus anunciou a mais cruel e longa guerra a acontecer na história da humanidade: “ E porei inimizade entre ti (diabo) e a
mulher ( povo de Deus – Igreja ), e entre a tua descendência ( pessoas debaixo do domínio satânico) e a sua descendência ( Jesus encarnado ). Este te feriará a cabeça, e tu ferirás o calcanhar” ( Gênesis 3:15). Como o propósito eterno de Deus, ao criar o homem havia sido desviado, pois a matriz da raça humana (Adão e Eva) confiara mais na palavra do diabo do que na palavra do Deus Criador, Adão perdeu o domínio sobre a terra e entregou ao “enganador” o título de propriedade. “Maldita é a terra por causa de ti” (Gênesis 3:17 b) O diabo se apossou de tudo. A vitória de satanás se consumara absoluta e completa, e, a partir daí, ele instala seu domínio na terra através de seus anjos caídos, hostes espirituais da iniqüidade, principados e potestades. Diz a palavra de Deus que satanás, ao tentar Jesus, “mostrou-lhe todos os reinos do mundo, a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei se prostrado me adorares” ( Mateus 4: 8 e 9).
Para manter-se vitorioso sobre este mundo e não permitir que o homem adorasse a Deus, o diabo desenvolveu um plano criando a primeira religião e a primeira cidade. A religião desencadearia
milhares de outras e assim, dificultaria o homem a se reconciliar com o verdadeiro Deus. A cidade atenderia ao desejo de se esconder de Deus e seria um laboratório no qual se desenvolveria o sistema pecaminoso de vida que conquistaria as civilizações: Luta pelo poder, violência, prostituição, fama, opressão e todas as formas de criminalidades. A partir daí, as cidades foram alvos do juízo de Deus. Exemplo: Babel, Sodoma, Gomorra, Jericó, etc. Os nossos primeiros pais supunham o restabelecimento de sua glória original de imediato e, ao gerar a sua
primeira semente deram-lhe o nome de Caim, cujo significado é “adquirir”, supondo ser ele a semente que feriria a cabeça do “enganador”. Exclamou Eva com alegria: “Alcancei do Senhor um varão” (Gênesis 4:1). Depois a família foi acrescida de outro varão: Abel. Ambos trouxeram ofertas ao Senhor (Gênesis 4: 3,4) Ambos praticaram atos religiosos de louvor a Deus. No entanto, houve uma profunda e séria conseqüência. “Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.” ( Gênesis 4: 4b e 5a ) Por que Deus se agradou de um em detrimento do outro? Por dois motivos:
PRIMEIRO: a intenção de cada um. Abel foi movido por fé. Caim não. “Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim...(Hebreus 11: 4). Caim ofereceu sacrifício conservando em seu coração uma atitude pecaminosa de inveja e ódio pelo seu irmão. Obedecer ao Senhor é melhor do que sacrificar ( I Samuel 15:22) Deus não aceita um culto de alguém que age independente da Sua soberania. Religião sem a interferência de Deus em nossas ações e reações não tem valor algum. (Gênesis 4:7).
SEGUNDO: a oferta em si. Ambos haviam sido informados por seus pais que o dom agradável ao Senhor seria o sacrifício de animais. A oferta de Caim resultava de seus próprios conceitos religiosos. Qualquer religião que não aponte a purificação do pecado pelo sangue de Jesus tem validade para Deus. “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22) Deus preparava a humanidade para o sacrifício do seu Filho amado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”Diz a Bíblia: “Retirou-se Caim da presença do Senhor...(Gênesis 4:16).
Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus. A motivação de toda religião humanista é superar a maldição, buscar o prazer e reconquistar o “paraíso” sem submissão a Deus. A partir da descendência de Caim, surgem as mais variadas formas e expressões religiosas: adoração da natureza , feitiçaria, invocação de mortos , adivinhação, idolatria, ocultismo, astrologia, filosofias, revelações e todos os tipos de especulações afim de que o homem não apresente um culto aceitável a Deus.
A palavra RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo
físico. Na era pós-modera, “nenhuma religião tem o direito de declarar-se como sendo a correta e a verdadeira, e as demais falsa, nem ainda (de acordo com a maioria) relativamente inferior. Mas sim “a regra de ouro” do pós-modernismo é: “Atribua a todas as outras religiões
a mesma presunção de verdade que você atribui à sua própria religião.” “Todas as religiões foram criadas iguais.” Este pluralismo afeta de muitas maneiras nossa abordagem evangélica diante do mundo. A cristandade está desmoronando-se. O momento exige do cristão saber
distinguir entre o que seria qualquer tipo de religiosidade e o que é a religiosidade que deriva da fé em Cristo. Na mensagem cristã há uma relação estreita entre o que se crê e a conduta. Os debates de hoje não são tanto com os ateus, que dizem que a religião vai desaparecer. São com a multiplicidade de formas religiosas que se oferece como num supermercado espiritual onde se compra o mais conveniente e que custa menos. Como resultado disso, não há certo nem
errado e cada religião estabelece seu próprio sistema moral. Deixa de haver os padrões absolutos dados por Deus, tudo é relativizado. Consequentemente, milhões e milhões de pessoas convivem com um tremendo vazio existencial – a falta de Deus.
Como Igreja de Cristo, declaremos ao mundo que Deus nos criou para vivermos um relacionamento que expresse adoração espontânea e verdadeira. “Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24) Na verdade, apenas
precisamos retornar à simplicidade do Evangelho que Jesus ensinou a seus discípulos.
Que Deus nos ajude a conquistarmos este monte espiritual em nossa vida.
Pr. Eduardo P. Gomes
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Bibliografia:
- BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica – Editora Vida, São Paulo,2002
- GEISLER, Norman L. Ética Cristã – Alternativas e Questões Contemporâneas. Vida Nova, São Paulo, 2003
- SALINAS, Daniel e ESCOBAR, Samuel. Pós- modernidade: novos desafios a fé cristã. ABU Editora, São Paulo, 2002

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