Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Nasci de novo pela
instrumentalidade do Espírito Santo quando cri no Evangelho de Cristo. Fui batizado
segundo o mandato do Senhor e filiei-me a uma Igreja local por entender que a
vontade de Deus para os crentes é que se fileiem a uma Igreja e ali O sirva por
todos os dias de suas vidas. (Até entendo que uma mudança de Igreja é possivel
desde que seja por questões de doutrina, de mudança de endereço, e outras
causas justificáveis diante de Deus).
Tenho consciência de que Deus instituiu o
ofício pastoral para pastorear a Igreja de Jesus que Ele resgatou com o seu
próprio sangue, e que foi Deus quem colocou o pastor na Igreja.
Eu como diversos outros
membros tenho uma expectativa do ministério pastoral, senão vejamos:
Para mim o pastor dos
meus sonhos não deve faltar a nenhuma reunião da Igreja independente da sua
quantidade nem também chegar atrasado. Eu tenho essa expectativa a despeito de
não fazer isso.
Tenho ainda a expectativa
de que o pastor tem que estar à disposição da membrezia da Igreja vinte e quatro
horas por dia e isso todos os dias, afinal de contas ele é o pastor da Igreja,
ainda que eu mesmo não tenha lá essa disposição de estar a serviço da obra do
Senhor nem sequer por uma hora.
Tenho ainda uma
expectativa de que o pastor deve visitar todos os membros e congregados da Igreja
que estejam enfermos e isso constantemente independente da enfermidade ser
grave ou não e de o pastor ter problemas na saúde ou não. Afinal a saúde dele
tem de ser de ferro, como se diz no interior. Eu exijo isso do pastor mesmo
sabendo que ele tem a responsabilidade de gerir a Igreja em todas as suas áreas
(pregar, ensinar, dirigir cultos, fazer compras, coordenar as atividades da
Igreja, acompanhar o desenvolvimento do trabalho, assistir as Congregações, celebrar
a ceia, fazer casamento, sepultamento, apresentar crianças etc). E quando ele
não visita com frequência eu ouso censurá-lo e até uso a WEB para isso. Eu
exijo isso do pastor, mas eu não visito também quando os irmãos na fé estão
enfermos, afinal de contas eu não tenho nada a ver com os problemas dos outros.
Nessa questão de visita eu tenho a expecativa de que o pastor visite ainda
aqueles irmãos sem compromisso com a Igreja, que sabem de sua programação e
exporadicamente a frequenta apesar de ter já sido advertido pelo pastor do
dever que ele tem para com Deus de frequentar assiduamente as reuniões da
Igreja.
Ainda tenho a expectativa
de que o pastor não deve adoecer, o que é comum a todos os mortais, e que se
ele adoecer eu como membro não tenho nenhuma obrigação de visitá-lo, de ligar
para ele para saber como ele estar, afinal de contas ele é o pastor. Ele deve
fazer isso comigo, mas eu não tenho obrigação de fazer isso com ele.
Eu ainda como um membro de Igreja contextualizado,
antenado no mundo evangélico brasileiro, tenho a expectativa de que a Igreja
cresça numericamente como tem crescido no mundo neopentecostal, independente do
crescimento ser sadio ou não. Eu como membro da igreja quero ver a casa cheia
nem que para isso comprometa a doutrina, e se isso não acontecer a culpa é do
pastor assim entendo eu, apesar de a Bíblia dizer que o crescimento numérico
(SADIO) é uma obra da graça de Deus. Eu até me lembro do texto de Paulo onde
isto se encontra (1 Co 3.6), que diz assim: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus
deu o crescimento”. Nessa área eu tenho essa expectativa mesmo que eu não mova
uma palha seca para que isso aconteça (participação no evangelismo pessoal,
avanço missionário, oração e contribuição financeira).
Ainda o pastor dos meus
sonhos é aquele que prega o que me agrada e não o que Deus manda. Quando a
mensagem me incomoda eu entendo que é uma mensagem de carapuça e não a voz do
Espírito que fala à Igreja. E isso me faz procurar outras Igrejas onde a
mensagem seja mais digerível.
Tenho ainda a expectativa
de que o pastor seja um fiel dizimista e também contribuinte de todos os departamentos
da Igreja, afinal de contas ele deve dar o exemplo, apesar de eu não fazer isso
regularmente, pois acho que o mandamento de dizimar nao é tanto para mim.
Ainda o pastor dos meus
sonhos é aquele que não deve aceitar convites para ir eventualmente assistir a
uma reunião em outro arraial evangélico, mesmo que eu não esteja nem aí para
isso, pois vou para aonde quero sem da satisfação a ninguém, mas ele não pode
fazer isso afinal de contas ele é o pastor da Igreja.
Ainda o pastor dos meus
sonhos tem que dominar o vernáculo magistralmente, pois qualquer deslize nessa
área, qualquer problema de concordâncias
mostra o seu despreparo mesmo eu sabendo que a nossa língua portuguesa é
extremamente complexa e que também eu
não sou lá essas coisas nessa área.
Ainda tenho uma
expectativa muito interessante acerca do ministério pastoral, é que o pastor
esteja a minha disposição vinte e quatro horas por dia. A qualquer hora do dia
ou da noite que eu ligar para o seu celular ou telefone da casa, ou precisar
dele, seja prontamente atendido independente dos seus compromissos
junto a sua família, seus negócios, momentos de descanso, etc, afinal de contas
ele recebe dinheiro para isso.
Em outra oportunidade
falarei mais sobre o assunto, pois tenho outras observações a fazer.
Assina um irmão anônimo.
Pr. Eudes
Lopes Cavalcanti
Pastor da 3ª Igreja Congregacional de João Pessoa
Agosto de
2012
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