Disse um poeta um dia, fazendo referência ao Mestre amado:
"o berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era dele? Era emprestado!
E o manso jumentinho, que em Jerusalém chegou montado e palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o pão - o suave pão, que foi por seu amor multiplicado alimentando a multidão
Por acaso era dele? Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao lago, ficou alimentado Esse prato era seu? Era emprestado!
E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado Mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era seu? Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos Ao lado de Judas que o traiu
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o berço tumular, que depois do calvário foi usado de onde havia de ressuscitar
Por acaso era dele? Era emprestado!
Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu, Essas eram de fato de Jesus! "
Isso disse um poeta certa vez, numa hora de buscada verdade; mas não aceito essa filosofia que contraria à própria realidade. O berço, o jumentinho, o suave pão, os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto, eram dele a partir da criação; Ele os criou - assim diz a Escritura; mas a cruz que Ele usou, a rude cruz, a cruz negra e mesquinha, onde meus crimes todos expiou, essa cruz não era sua! Essa cruz era minha!
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